Eles estão em todos os lugares do planeta. Enfrentam o calor do deserto, o frio extremo do Ártico e vivem até nas ruas das grandes cidades. O ‘Globo Repórter’ desta sexta-feira, dia 25, se aventura pelo mundo dos cães selvagens. O programa exibe documentário exclusivo, produzido pela BBC, que mostra as 37 faces diferentes da família dos canídeos. Entre as espécies: lobos, raposas, chacais. Animais extremamente inteligentes, engenhosos e resilientes.
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Na América do Sul, dez espécies de canídeos evoluíram de forma independente dos seus primos lobos e das raposas. O documentário apresenta o cachorro-vinagre, que vive em matilha nas florestas tropicais e tem patas com membranas para caçar presas nas matas inundadas da Amazônia. Outro animal, um dos mais diferentes da família de cães selvagens que vive no Brasil, é o lobo-guará. Único remanescente de uma longa linhagem extinta, ele se alimenta de carnes e frutas. Dizem que a lobeira, também conhecida como a fruta do lobo, tem poderes medicinais e protege os rins, afastando parasitas. Eles dispersam as sementes por quilômetros de distância através das fezes.
Em Londres, uma das maiores cidades da Europa, mora a raposa-vermelha. Com ossos leves e caudas longas, que ajudam no equilíbrio, elas são bem mais ágeis do que os cães selvagens. As 10 mil raposas que vivem em Londres se alimentam de restos de comidas que procuram nas lixeiras. Com estômagos fortes e um bom sistema imunológico, elas não têm problemas em comer alimentos fora do prazo de validade. Já a metrópole mais populosa do mundo, o Japão, é a morada de uma população de cães selvagens lendários, que são lembrados em estátuas por todo o país. Histórias antigas contam que os Tanuki têm poderes sobrenaturais e podem enganar humanos desavisados. Normalmente, são encontrados em florestas, mas um grupo conseguiu um oásis na cidade: um templo budista.
O ‘Globo Repórter’ também mostra o cão selvagem mais sociável. O cão-selvagem-africano vive em Okavango, um dos maiores pântanos do mundo, localizado em Botsuana, na África, e se fortalece em grupo. Considerado uma ameaça ao gado, a espécie acaba sendo perseguida por fazendeiros e, apesar de muitos se recuperarem dos ferimentos, acabavam morrendo misteriosamente. Um caso em particular levou a uma descoberta revolucionária. O pesquisador Cole Du Plessis, que lidera uma equipe de resgate de cães feridos, observou que a causa da morte de uma fêmea que tinha sido pega em uma armadilha foi a síndrome do coração partido, a mesma que afeta os seres humanos após o luto. Os cães morriam porque sofriam de extrema tristeza ao serem separados da matilha.
A situação do lobo-vermelho, nas montanhas do Missouri, nos Estados Unidos é ainda mais delicada, A espécie é um dos canídeos mais ameaçados do mundo. Restam menos de vinte na natureza. A caça e a perda de habitat são os principais fatores. O documentário mostra o esforço de pesquisadores para a salvar a espécie da extinção.
O ‘Globo Repórter’ vai ao ar nesta sexta-feira, dia 25, logo após a série ‘Rensga Hits!’.
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